terça-feira, 25 de setembro de 2007

"Ditosa Pátria que tais filhos tens"



"Ditosa Pátria que tais filhos tens"
Camões

Inicio este post citando O poeta, dei-lhe como titulo a mesma frase e faço depois minhas palavras de Almeida Garreth para dizer:

"O Povo é o Povo, não aqueles que dizem por ele falar."
Almeida Garreth

Ao escrever este texto, faço-o aprensivo com o futuro de um pais com 800 anos de história, que deu novos mundos ao mundo, trouxe escritores, guerreiros, navegadores, um Papa e imensos homens das Ciencias, homens que se distinguiram dos seus pares em muitas areas porque foram perserverantes.
Hoje a cada dia que passa a cada noticia que leio ou vejo, não encontro esse povo, acho que pelo facto desse povo ter sido apagado, agora falam pelo povo o povo não têm voz, é omorfo e não reage aos grilhões que lhe são postos, apostou-se na cultura da estupidez, na mesquinhes, na chibaria, em tudo o que nos destruiu como nação avançada e empreendedora nos seculos XV e XVI.
A escolha desta musica é escolhida de proposito para este tema, acho que representa bem o que este pais precisa para avançar, para melhorar para não termos de gritar...


Portugal, Portugal
Jorge Palma
Composição: Jorge Palma

Tiveste gente de muita coragem
E acreditaste na tua mensagem
Foste ganhando terreno
E foste perdendo a memória

Já tinhas meio mundo na mão
Quiseste impor a tua religião
E acabaste por perder a liberdade
A caminho da glória

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Tiveste muita carta para bater
Quem joga deve aprender a perder
Que a sorte nunca vem só
Quando bate à nossa porta

Esbanjaste muita vida nas apostas
E agora trazes o desgosto às costas
Não se pode estar direito
Quando se tem a espinha torta

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Fizeste cegos de quem olhos tinha
Quiseste pôr toda a gente na linha
Trocaste a alma e o coração
Pela ponta das tuas lanças

Difamaste quem verdades dizia
Confundiste amor com pornografia
E depois perdeste o gosto
De brincar com as tuas crianças

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

1 comentário:

BV disse...

Grande música do grande Jorge Palma que está de regresso aos discos...