sábado, 16 de fevereiro de 2008

Cantiga do Bandido...


É sabado, ontem a noite foi magnifica, os amigos, a musica, só o sitio vazio é que não agradou, a musica merecia mais, nós também mas mesmo assim juntos fizemos a festa...

Canções há muitas, há canções que agradam, outras que espantam, outras que chocam mas transmitem sempre qualquer coisa, há a canção das bandidas, dos bandidos mas são canções de dominio privado...
Mas tenho de ouvir o Zé maravilhas, numa ode cor de rosa, a uma realidade que só o Zé maravilhas vê, em publico, a entrar por casa dentro, pelo radio, pela net por todo o lado, e ao lado, a realidade, crua, fria das muitas tristezas que são camufladas, escondidas, deturpadas e outras coisas que o Zé maravilhas é um Zé asseptico, limpinho, certinho até demais, e é isso que cheira mal...
Ele a a comandita dele, parecem outro Zé que não era Zé mas conhecia um Zé vermelho e combateu com ele e se chamava Adolfo, controlam tudo, querem limpar tudo, usam uma Secção de Assalto com mais duas letras nas iniciais, usam todos os meios , é uma canção do controlo, controladinho o povinho alegre com esta cantiga, mau fado parece-me esta canção triste, lembrança de outras canções, de há umas decadas, com o senhor das botas esse sim um mau cantor quiça exemplo de conrolo do nosso Zé maravilhas...
Mas olhem a verdade é que tomemos cuidado, não parece nada bem o fim que se anuncia, para...

A Cantiga do Zé
Jorge Palma
Composição: Indisponível

O Zé não sabe onde pôr as mãos
E está farto de as ter no ar
Não teve sorte com os padrinhos
Nem tem jeito para roubar

O Zé podia arranjar emprego
E matar-se a trabalhar
Mas olha em volta e o que vê
Não o pode entusiasmar

E a cidade cá está para o entreter
Indiferente e fria, disposta a esquecer
Que a ansiedade é um minotauro
Que se alimenta de solidão
E que a ternura é uma bruxa
Que faz milagres
Se a mente a deixar ser

O Zé está vivo e é das tais pessoas
Que sentem prazer em rir
Mas tenho visto ultimamente
Esse gosto diminuir

O Zé experimenta um certo vazio
Comum a uma geração
Que despertou da adolescência
Com "vivas" à revolução

E a cidade cá está para o entreter
Indiferente e fria, disposta a esquecer
Que a ansiedade é um minotauro
Que se alimenta de solidão
E que a ternura é uma bruxa
Que faz milagres
Se a mente a deixar ser

Foto daqui: http://profviseu.com/pessoal/seia/fadista.jpg

A história não deve ser esquecida...

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