Memórias

Ontem a noite regressei a um local onde já não passava há algum tempo.
Aliás, ontem foi uma noite estranha, não estive com o grupinho, com a minha malta,pelo menos como habitualmente, um convite inesperado apareceu, de um velho amigo, um daqueles que de vez em quando volta e nos faz voltar as origens, e desfizeram-se as memórias, relembramos as histórias, os amigos, o passado, o presente e o futuro.
Andar pelo calçadão do Tamariz até Cascais, não é normal, voltar a tras e só depois perceber que se fizeram mais de 5km, é estranhissimo, mas a conversa agradavel, a quase terapia de grupo e individual de pessoas com a mesma vivencia ajudou a não sentir o cansaço dos passos, o mar trouxe a banda sonora e efeitos sonoros que ajudaram depois à chegada a sentir os sons da noite, a ver as criaturas e os locais da noite.
Mas o ponto maior desta viagem a um local especial, foi...


A Baía de Cascais
Delfins
Composição: Miguel Angelo / Fernando Cunha / Pedro Ayres Magalhães

Na baía de Cascais
Avistei ao longe um barco a arder
Perguntaste porque o sonhava
Olhei ao céu, não pude responder

Vejo o mar nos teus olhos
Ao contar-te velhos quadros
Das viagens, que o mar soube esconder

Eu pinto esta baía assim
E são mil cores ao pé de mim
Nesta baía eu descobri
Tantas imagens perto de mim

Só, no cais
Vou recordar esse teu olhar
à deriva no mar

Lembro o mar nos teus olhos
Ao deixar neste quadro
a saudade, depois de te perder

Eu pinto esta baía assim
E são mil cores ao pé de mim
Nesta baía eu descobri
Tantas imagens perto de mim