Venham mais 5...

Faço um aviso aos leitores, aos que me conhecem e aos outros. Não sou militante nem simpatizante de nenhum partido politico, acredito em pessoas e tudo o que escrevo são palavras de um descontentamento de um homem comum, mesmo parecendo esta a minha fase vermelha, não é mais que os pensamentos de um livre pensador, sobre uma crise social e economica evidente, da qual não tenho memória, por ter nascido depois da ultima.

Passaram 40 anos do Maio de 68, a revolução dos estudantes e dos operários, os que continuam desprotegidos, roubados pelos politicos que já foram estudantes revoltados, atras de barricadas e em confronto com a policia, e não melhorou nada.
Passaram 35 anos sobre o 25 de Abril, a preocupação dos politicos com o seu bolso deixa-nos passado este tempo todo num lodaçal, equiparado com o que se mudou, por ganancia, por incompetência, por incuria e por dolo e não mudou nada.
A cada dia que passa vejo a revolta a aflorar mais na sociedade, a gota de água que foi o aumento dos combustiveis, parece catalizar os protestos de uma massa anónima, silênciosa e pauperima que luta por sobreviver, a maior parte com cerca de 500€ de salario mensal. A revolta está a crescer, a mudança é possivel (Parefraseando do Obama), temos de nos juntar, de pensar em conjunto, essa massa esquecida, considerada amorfa, mas valida, responsavel por fazer este pais andar, por a mexer uma maquina emperrada pela politica feita em benificio proprio, vamos tomar nas nossas mãos a responsbilidade de fazermos deste canto, um canto com menos diferenças, mais justiça, mais igualdade, em que valemos pelo que somos, pelo que produzimos, pelo que sabemos e nos valorizamos, onde a "cunha" esteja banida, os "boys" e os seus mentores presos, pelo crime que é manter durante grande parte dos ultimos 40 anos tudo igual ao que estava, por não se preocuparem com quem realmente conta, com a sociedade, com as mulheres e os homens, com as crianças e com os idosos, com todos os que são meus "irmãos", filhos deste povo.
Juntemos-nos,...

Venham Mais Cinco
Zeca Afonso
Composição: Indisponível

Venham mais cinco, duma assentada que eu pago já
Do branco ou tinto, se o velho estica eu fico por cá
Se tem má pinta, dá-lhe um apito e põe-no a andar
De espada à cinta, já crê que é rei d’aquém e além-mar

Não me obriguem a vir para a rua
Gritar
Que é já tempo d' embalar a trouxa
E zarpar

Tiriririri buririririri, Tiriririri paraburibaie, 2X
Tiiiiiiiiiiiiii paraburibaie ...
Tiriririri buririririri, Tiriririri paraburibaie, 2X

A gente ajuda, havemos de ser mais
Eu bem sei
Mas há quem queira, deitar abaixo
O que eu levantei

A bucha é dura, mais dura é a razão
Que a sustem só nesta rusga
Não há lugar prós filhos da mãe

Não me obriguem a vir para a rua
Gritar
Que é já tempo d' embalar a trouxa
E zarpar

Bem me diziam, bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra, quem trepa
No coqueiro é o rei

A bucha é dura, mais dura é a razão
Que a sustem só nesta rusga
Não há lugar prós filhos da mãe

Não me obriguem a vir para a rua
Gritar
Que é já tempo d' embalar a trouxa
E zarpar


Histórias da história...

Maio de 68 » http://pt.wikipedia.org/wiki/Maio_68

Revolução de Abril » http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_dos_Cravos

Zeca Afonso » http://pt.wikipedia.org/wiki/Zeca_afonso

Musica de intervenção » http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_de_interven%C3%A7%C3%A3o

Como costumo dizer e para acabar, neste canto o 25A foi bom, o problema foi o 26 e os dias que se lhe seguiram até hoje...